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Brasil intensifica negociações com Estados Unidos para evitar tarifaço de Trump

Negociadores brasileiros e americanos já se reuniram quatro vezes, e há outras conversas programadas, para um acordo que tire o Brasil da linha de frente da guerra comercial deflagrada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. As prioridades são a taxação em 25% sobre o aço e a aplicação de tarifas recíprocas pelos EUA contra o Brasil.

Integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliam que, diante da falta de perspectiva em torno de um entendimento a curto prazo, não se pode descartar a possibilidade de a Casa Branca optar por uma tarifa linear. Ou seja, que atinja todos os bens da pauta de exportações do Brasil.

Embora não seja algo dado como certo, é possível que todos os produtos exportados para os EUA sejam sobretaxados. Uma das razões é que, para adotar alíquotas recíprocas a bens que têm imposto maior do que o aplicado nos EUA, casos do etanol e dos automóveis do Brasil, será necessário examinar cada um dos milhares de itens que entram naquele país, processo que seria trabalhoso e demorado.

Também não há, até o momento, uma previsão clara sobre a data em que as tarifas recíprocas entrarão em vigor. No próximo dia 2 de abril, automóveis de todos os países exportados para os EUA terão uma alíquota de 25%. O percentual é menor do que o aplicado pelo Brasil, de 35% mas, de acordo com um executivo do setor automotivo, é muito pequena a quantidade de veículos brasileiros que vão para os EUA.

Aço

Interlocutores do governo Lula ouvidos pelo GLOBO avaliam que há perspectivas positivas para um acordo que permita que uma determinada quantidade de produtos siderúrgicos entre no mercado americano sem a sobretaxa, por um regime de cota. O que passar do volume acertado será tributado em 25%. Porém, a expectativa é que isso ocorra em alguns meses, e não em poucas semanas, como esperavam autoridades e representantes do setor privado do Brasil.

Em reunião com o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, logo após o anúncio da tarifa de 25% sobre aço e alumínio, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, chegou a pedir o adiamento da medida por um mês, com o argumento de seria preciso tempo para uma negociação. Uma autoridade do governo brasileiro revelou que os americanos negaram o pedido, pois a sobretaxa era para o mundo inteiro, e não apenas para o Brasil. Assim, haveria pressão de outros países para a postergação.

A sobretaxa de 25% sobre aço e alumínio passou a vigorar no último dia 12, mas as negociações começaram uma semana antes, com uma reunião entre Alckmin, Greer e o secretário de Comércio americano, Howard Lutnick. O governo brasileiro alega que o Brasil não é uma ameaça às indústrias americanas, porque as economias dos dois países são complementares. E ressalta que o que vai para os EUA é matéria-prima para o aço, e não produto acabado.

O governo do Brasil afirma, ainda, que a balança comercial entre os dois países, de US$ 80 bilhões, é favorável aos EUA. No ano passado, houve um saldo positivo de cerca de US$ 200 milhões para os americanos. Outro argumento usado pelos negociadores é que, dos dez produtos que o Brasil mais exporta para os EUA, oito deles têm alíquota zero.
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